NOVAS CONCEPÇÕES EM GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS: TÉCNICAS DE TRATAMENTO DESCENTRALIZADO PARTICIPATIVO

Autores

  • Fernanda Giffoni Fernandes Luz UNESP/IGCE
  • Marcus César Avezum Alves de Castro UNESP/IGCE

Resumo

A elevada quantidade de resíduos sólidos orgânicos gerada nos centros urbanos é um desafio enfrentado pelos países de todo o mundo. Diante disso, são necessárias tecnologias relacionadas ao desenvolvimento de sistemas de tratamento de resíduos nas cidades, essas tecnologias devem ser capazes de promover a estabilização dos resíduos, com a criação de material de valor e, ainda, contribuir para estabelecer a responsabilidade do gerador sobre o resíduo produzido. Nesse contexto, as hortas urbanas surgem como uma alternativa que corresponde às necessidades atuais das cidades, pois pode fazer com que os resíduos sejam ciclados em alimentos. Contudo é importante que cuidados sejam tomados para que a qualidade do processo seja garantida. Práticas de horticultura urbana surgem como opção tecnológica para compor um sistema de gestão capaz de contemplar as necessidades atuais de novas concepções e soluções para a resolução de questões acerca dos resíduos sólidos e segurança alimentar nas cidades. O presente trabalho tem como objetivo a identificação de técnicas de horticultura urbana como possibilidade de tratamento dos resíduos orgânicos urbanos de modo a realizar a ciclagem desse material e, ainda, promover à gestão participativa dos geradores, tendo em vista a elaboração de cenários de gestão descentralizada para municípios de médio porte. Para atender ao objetivo, serão realizadas duas etapas, primeiramente pretende-se elaborar um diagnóstico das técnicas de tratamento de resíduos em hortas urbanas em funcionamento atualmente, com isso, ter subsídios para, durante a segunda etapa, elaborar cenários de aplicação das técnicas levantadas em espaços urbanos de municípios de médio porte. A Política Nacional de Resíduos Sólidos determina que os municípios devem ser responsáveis pela coleta, tratamento e disposição ambientalmente segura dos resíduos. Por isso, o desenvolvimento de pesquisas é necessário para subsidiar regulamentações municipais dos procedimentos adequados, seguros e ambientalmente eficientes para cada localidade. Além disso, a população pode participar, de maneira ativa, durante as etapas de geração e tratamento dos resíduos, se beneficiando de receitas e material de interesse gerados pela ciclagem dos detritos e, também, sendo responsável pelo material residual que produz. Os resultados esperados estão relacionados ao apontamento de métodos e processos eficientes para o tratamento dos resíduos sólidos orgânicos nos municípios, por meio de técnicas para sistemas descentralizados, com a participação da população na gestão e tratamento do material orgânico.

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Publicado

2016-12-20

Como Citar

Giffoni Fernandes Luz, F., & Avezum Alves de Castro, M. C. (2016). NOVAS CONCEPÇÕES EM GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS: TÉCNICAS DE TRATAMENTO DESCENTRALIZADO PARTICIPATIVO. Holos Environment. Recuperado de https://www.cea-unesp.org.br/holos/article/view/12118

Edição

Seção

IX ENCONTRO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE