Recuperações do ICESAT-2 Lidar para um caso de fumaça e nuvens: estimativas na região da América do Sul

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/holos.v21i4.12458

Palavras-chave:

O presente estudo visa estimar a altura das camadas de aerossóis de fumaça e nuvens com uso do sensor ATLAS “Advanced Topographic Laser Altimeter System” a bordo do satélite ICESat-2 “Ice, Cloud and land Elevation Satellite-2”. Neste estudo de caso, real

Resumo

O presente estudo visa estimar a altura das camadas de aerossóis de fumaça e nuvens com uso do sensor ATLAS  “Advanced Topographic Laser Altimeter System” a bordo do satélite ICESat-2 “Ice, Cloud and land Elevation Satellite-2”. Neste estudo de caso, realizado durante a estação seca de 14 de setembro de 2020, foi observado um grande número de focos de incêndio e uma ampla camada de aerossóis de fumaça sobre a Amazônia e regiões adjacentes. Na maioria das vezes, as plumas de fumaça movem-se com ventos na direção sul, ao longo do leste dos Andes. Durante este período, ocasionalmente, as frentes polares deslocam-se de sul ao encontro destas plumas de fumaça. Inicialmente, utilizamos imagens diárias dos satélites da órbita polar como Terra, Aqua, NOAA e Suomi para identificar a localização espacial das plumas de fumaça e nuvens sobre a região. Em seguida, as órbitas do  ICESat-2 foram identificadas para verificar sua presença na região de estudo. Os resultados mostram que os dados medidos pelo ICESat-2 conseguem estimar a altura da camada de aerossóis e do topo das nuvens. Em alguns locais os dados mostram nuvens altas, com topos que atingem cerca de 12-13 km, quando há a presença de uma frente fria ou de um cumulonimbus. Em regiões de céu claro onde se observam plumas de aerosóis, as alturas estimadas a partir do lidar são da ordem dos 3-4 km. Os perfis locais de temperatura obtidos a partir de radiossondas mostram camadas de inversão em altitudes similares às detectadas pelo lidar. Estas camadas de inversão parecem estar associadas ao efeito de aquecimento dos aerossóis como o carbono negro.

Biografia do Autor

Renato Ramos da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Bacharel em Física pela Universidade de São Paulo (USP), mestrado em Meteorologia pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) e PhD em Meteorologia pela Duke University. Atualmente é professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atua na área de Física da Atmosfera e Meteorologia.

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Publicado

2022-06-17

Como Citar

Silva, R. R. da, Sakagami, Y., & Haas, R. (2022). Recuperações do ICESAT-2 Lidar para um caso de fumaça e nuvens: estimativas na região da América do Sul. Holos Environment, 21(4), 445–456. https://doi.org/10.14295/holos.v21i4.12458

Edição

Seção

Artigos